segunda-feira, 26 de setembro de 2011

OS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Disponível em: http://www.brasilescola.com/gramatica/sinais-pontuacao.htm

O que é cada sinal de pontuação?


Ponto-Final (.)

O ponto final é um sinal de pontuação usado para indicar o final de um período, marcando uma pausa absoluta.

Empregamos o ponto-final quando pretendemos encerrar uma frase declarativa:

1. Não quero saber de conversa.
2. Estou esperando você e nem ao menos sei porquê.

Também para finalizar frases imperativas:

1. Pegue esse papel para mim.
2. Vamos acordar mais cedo.

E nas abreviaturas:

1. Sr. (Senhor), num. (numeral), obs. (observação), Av. (Avenida), pág. (página), Lab. (laboratório), Med. (Medicina), Mat. (Matemática), Port. (Português), etc.

Ponto de exclamação (!)

Ponto de exclamação é principalmente sinal de fim de frase. Confere à frase um sentido de surpresa, admiração, ou exclamação. Manifesta o envolvimento de sentimentos. 
Se apontarmos o significado de exclamar, saberemos quando utilizar o ponto de exclamação. Veja: exclamar é o ato de pronunciar em voz alta; bradar, clamar; gritar.

Então, de acordo com a significação acima, é fácil identificar o uso do ponto de exclamação: está nas frases que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, susto. E, portanto, está:

Nas frases exclamativas:

1. Isso é muito interessante!
2. Não podemos continuar assim!

Após imperativos:

1. Deixe-me!
2. Vá embora!

Depois das interjeições:

1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza!

Após locuções interjetivas:

1. Minha nossa! Que bom! Que pena! Sei demais!

Ponto de interrogação (?)

O ponto de interrogação é um sinal de pontuação representado pelo sinal gráfico "?". Ele tem a função de induzir o leitor a entoar a frase em que ele é colocado como uma pergunta ou uma dúvida.
Ele é usado por todas as formas de escritas de origem romana. Sem pontos de interrogação, uma frase não pode ser entendida como pergunta, transformado-se em afirmação e prejudicando a comunicação.
Denotada um sinal de dúvida, de procura por uma resposta.
Assim como o ponto de exclamação, o de interrogação também se caracteriza pelo nome. Afinal, o que é interrogar? É o ato de perguntar, questionar.

Logo, sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação. Observe:

1. Você não quer jantar?
2. Por que o país não enxerga os miseráveis?
3. Não vou não, por quê?

Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação para indicar um questionamento unido à admiração ou surpresa:

1. Eu?! Tem certeza?
2. - Quem vai ao supermercado para a mamãe?
- Eu vou!
- Você, Maria?! Muito bom!


Travessão (-) 

O travessão (ou risca) é um sinal de pontuação que serve para indicar mudança de interlocutor e para isolar palavras, frasesou expressões parentéticas, semelhante ao parêntese.
 
Usamos o travessão nos seguintes casos:

1. Iniciar a fala de uma personagem:

Exemplo: A menina enfim disse:

- Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

- Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
- Farei o mesmo.

3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
b) Luiz Inácio –  presidente da República – não pode se candidatar para uma nova eleição!


Os dois pontos (:)

Os dois pontos ou dois-pontos (:) são um sinal de pontuação. Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descedente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam: ou uma citação, ou uma enumeração, ou um esclarecimento, ou uma síntese do que se acabou de dizer.

Os dois-pontos são usados:

Em enumerações

Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva?

Antes de uma citação

Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.”

Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzshie disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”.

Quando se quer esclarecer algo

Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília.
Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.

No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas)

Exemplo: Querida amiga: (ou ,)
Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...)

Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante, etc.

Exemplos:
a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula.
b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo?



Parantêse ( ( ) )

Um parêntese ou parêntesis (do grego παρένθεσις, "inserção") é uma palavra, expressão ou frase que se interpõe num texto para adicionar informação, normalmente explicativa, mas não essencial. A característica fundamental dos parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido.
Por extensão de sentido, são chamados parênteses os sinais tipográficos — "(" [abre] e ")" [fecha] — que delimitam esses elementos aditivos no discurso.
Usam-se ( ) para isolar palavras, locuções ou frases intercaladas no período, com caráter explicativo, as quais são proferidas em tom mais baixo:

Usamos os parênteses para:

1. Fazer um comentário ou explicação a respeito do que se escreve:

a) O João (aquele que fez aniversário nesta semana) perguntou sobre você hoje!
b) Eu, você e ele contaremos as boas novas. (pronomes)

2. Indicar informações bibliográficas, como: o autor, o nome da obra, o ano de publicação, a cidade, a página, etc.:

a) O texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à situação, levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais, outros elementos da situação, uso dos recursos lingüísticos, etc. Caso contrário, será coerente. (Ingedore G. Vilhaça Koch e Luiz Carlos Travaglia. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1993. p. 50.)

Os parênteses podem surgir, ainda, nas peças teatrais, quando o autor quer explicitar a ação tomada pela personagem.

João – Onde você estava?
Maria – Na padaria. Fui comprar um sonho para você.
João – Hum...que delícia...mas meu maior sonho eu já tenho: você!

(Saem abraçados pela direita)


Ponto e vírgula (;)

O ponto-e-vírgula – representado pelo símbolo ; – é um caractere utilizado pela gramática para separar orações.
O ponto e vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula, no entanto menor que a do ponto. É empregado para:

Separar itens em uma enumeração (comuns em leis):

Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais:
a) as locações:
1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;
2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;
3. de espaços destinados à publicidade;

Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já possuam vírgula:

“Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga)

Pode vir ainda substituindo a vírgula, a fim de se ter uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, todavia):

1. Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter boas amizades.
2. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda.


Reticências (...)

As reticências são, na escrita, a sequência de três pontos (sinal gráfico: ) no fim, no início ou no meio de uma frase. A utilização deste género de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não é.


As reticências são usadas nos seguintes casos:

1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine:

a) Ele disse que não queria, mas...
b) Nada disso teria acontecido se... você sabe.

2. Para indicar hesitações comuns na oralidade:

a) Daí ele pegou...ele pegou...como se diz mesmo...uma boina.
b) Não sei se você vai, mas...mas...não sei...penso que será muito bom!

3. Em trechos suprimidos de um texto:

a) (...) não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa. (...) (Ingedore Villaça – A coerência textual)

b) (...) Dada a gravidade dos acontecimentos, em um último gesto, Collor reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos, principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”. (…) (Rainer Sousa – “O fim do governo Collor”)

4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê:
a) (...) 'Estamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas... (...)

A vírgula (,)

A vírgula é um sinal de pontuação. Tem como função indicar uma pausa e separar membros constituintes de uma frase.
Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:

1. Não se usa vírgula:
Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:

a) entre sujeito e predicado.

Todos os alunos da sala    foram advertidos.
             Sujeito                            predicado

b) entre o verbo e seus objetos.

O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.
                   V.T.D.I.              O.D.                             O.I.

Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.




2. Usa-se a vírgula:
Para marcar intercalação:

a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.

b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.

c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

Para marcar inversão:

a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.

c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.

Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:

Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

Usa-se a vírgula para isolar:

- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.


Aspas (" ")


As aspas são sinais de pontuação usados para realçar certa parte de um texto.
As aspas usam-se aos pares: geralmente como dois sinais gráficos no início da parte de texto destacado, e dois sinais gráficos no fim da parte do texto destacado. Quando é necessário destacar uma parte dentro de uma parte já destacada usa-se um sinal gráfico no início, e um sinal gráfico no fim.
O aspecto gráfico das aspas pode variar conforme a área geográfica, e está relacionado com hábitos ortográficos e influências culturais. Assim, a mesma língua pode ter representações diferentes conforme cada país (português no Brasil / português em Portugal; inglês no Reino Unido / inglês nos Estado Unidos; alemão na Alemanha / alemão na Suíça; etc.).

As aspas são usadas para:
  • citações
  • destacar palavras pouco usadas (palavras estrangeiras, palavras com valor afectivo, palavras com sentido irónico etc.)
a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.
Por favor, antes de sair, faça um “backup”!
Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!

b) Antes ou depois de citações. (*)

Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

"É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.

* textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online.

c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas.

Exemplos: Eles se comportaram “super” bem.
Sim, porque são uns “anjinhos”.



AUTOAVALIAÇÃO DA ATIVIDADE




Cada sinal é muito importante na elaboração de um texto, na escrita, na leitura e etc. Cada sinal pode dar diversos sentidos, então essa atividade para nós desta equipe foi muito legal, pois nos proporcionou interesse e atenção ao perceber as diferenças de cada sinal, sabendo assim utilizar a forma adequada do mesmo.
Muitas pessoas não dão o devido valor aos sinais de pontuação. Porém, sua combinação é o que faz a diferença ao ler um texto. Muitos indivíduos acham que ao esquecer um sinal não há problema, pois a pessoa irá entender do mesmo jeito. Mas, nada se dá quando um texto é lido sem a entonação de clareza. Aprendemos muito com essa atividade e finalizamos com um único comentário. Ressaltando, assim, a construção do blog que mesmo criado pela primeira vez como objeto de estudo tornou-se um sucesso. Com as atividades propostas em sala de aula, elevou-se, então o nosso conhecimento próprio, e com isso queremos compartilhar o mesmo com todos os leitores deste blog.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

AS PALAVRAS

De: Othon Moacir Garcia



Há alguns anos, o Dr. Johnson O’Connor, do Laboratório de
Engenharia Humana, de Boston, e do Instituto de
Tecnologia, de Hoboken, Nova Jersey, submeteu a um teste
de vocabulário cem alunos de um curso de formação de
dirigentes de empresas industriais (industrial executives), os
executivos. Cinco anos mais tarde, verificou que os dez por
cento que haviam revelado maior conhecimento ocupavam
cargos de direção, ao passo que dos vinte e cinco por cento
mais “fracos” nenhum alcançara igual posição.

Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta
ter um bom vocabulário; outras qualidades se fazem,
evidentemente, necessárias. Mas parece não restar dúvida de
que, dispondo de palavras suficientes e adequadas à
expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa,
estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de
refletir, de escolher, de julgar, do que outros cujo acervo
léxico seja insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da
comunicação.

Pensamento e expressão são interdependentes, tanto é certo
que as palavras são o revestimento das ideias e que, sem
elas, é praticamente impossível pensar. Como pensar que
“amanhã tenho uma aula às 8 horas”, se não prefiguro
mentalmente essa atividade por meio dessas ou de outras
palavras equivalentes? Não se pensa in vácuo. A
própria clareza das ideias (se é que as temos sem palavras)
está intimamente relacionada com a clareza e a precisão das
expressões que as traduzem. As próprias impressões
colhidas em contato com o mundo físico, através da
experiência sensível, são tanto mais vivas quanto mais
capazes de serem traduzidas em palavras – e sem impressões
vivas não haverá expressão eficaz. É um círculo vicioso,
sem dúvida: “… nossos hábitos linguísticos afetam e são
igualmente afetados pelo nosso comportamento, pelos
nossos hábitos físicos e mentais normais, tais como a
observação, a percepção, os sentimentos, a emoção, a
imaginação”. De forma que um vocabulário escasso e
inadequado, incapaz de veicular impressões e concepções,
mina o próprio desenvolvimento mental, tolhe a imaginação
e o poder criador, limitando a capacidade de observar,
compreender e até mesmo de sentir. “Não se diz nenhuma
novidade ao afirmar que as palavras, ao mesmo tempo que
veiculam o pensamento, lhe condicionam a formação. Há
século e meio, Herder já proclamava que um povo não
podia ter uma ideia sem que para ela possuísse uma
palavra”, testemunha Paulo Rónai em artigo publicado no
Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, e mais tarde transcrito
na 2ª edição de Enriqueça o seu vocabulário (Rio,
Civilização Brasileira, 1965), de Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira.

Portanto, quanto mais variado e ativo é o vocabulário
disponível, tanto mais claro, tanto mais profundo e acurado
é o processo mental da reflexão. Reciprocamente, quanto
mais escasso e impreciso, tanto mais dependentes estamos
do grunhido, do grito ou do gesto, formas rudimentares de
comunicação capazes de traduzir apenas expansões
instintivas dos primitivos, dos infantes e … dos irracionais.

GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna.
8 ed. Rio de Janeiro, Editora da FGV, 1980. p. 155-6


LEGENDA:

Ideia tese do parágrafo
Frase principal de explanação
Frase secundária de explanação


Estrutura do texto:

1º parágrafo - INTRODUÇÃO
2º e 3º parágrafo - DESENVOLVIMENTO
4º parágrafo - CONCLUSÃO


CURIOSIDADES DO TEXTO:

No segundo paragráfo o pronome demonstrativo (ISSO) retorma a ideia do parágrafofo anterior.



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EXERCÍCIO

Material didático organizado por Jacqueline Andrade

1. Observe as palavras destacadas nas frases abaixo. Trata-se de casos de "impropriedade vocabular", ou seja, de palavras cujo significado não é adequeado para o uso a que foram destinadas. Sua função é substituí-las por termos mais apropriados.

a) Os quatros rapazes sumidos na serra do Mar foram encontrados ontem.

- DESAPARECIDOS

b) Num laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi achada uma célula capaz de retardar o desenvolvimento do câncer.

- DESCOBERTA

c) Muitos banhistas sofreram queimaduras de pele devido à violenta luz do sol.

- INTENSA

d) O time foi fazer uma excursão na Europa para que os jogadores ganhassem mais vivência.

- EXPERIÊNCIA

e) Os parlamentares apresentaram sua intenção de investigar o caso.

- EXPUSERAM

f) Os alunos das escolas estaduais terão aulas aos sábados para botar a programação em dia.

- ATUALIZAR A SUA PROGRAMAÇÃO

g) O futura é enigmático.

- INCERTO/DUVIDOSO

h) Suas críticas são demasiadas.

- EXAGERADAS

i) Depois de negar várias vezes, o deputado repentinamente assumiu sua culpa.

- INESPERADAMENTE

j) Será implantada uma refinaria na Baixada Fluminense.

- INSTALADA

k) A SUNAB irá divulgar a tabela de preços a ser implantada a partir de segunda-feira.

- VIGORADA

l) A reunião marcada na terça-feira aconteceu com a presença de todos os ministros.

- REALIZOU-SE

TIPOLOGIA TEXTUAL




NARRAÇÃO:

Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento.

Narrar é contar uma história. A Narração é uma sequência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de um personagem ou actante que a pratica em determinado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço, e tempo em desenvolvimento. Os outros dois da narrativa são: narrador e enredo ou trama. 

DESCRIÇÃO:

Retrato através de palavras. Tempo estático

Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a sequência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetivos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em um fração da linha cronológica. É a foto de um instante.

A descrição  pode ser estática ou dinâmica.

A descrição estática não envolve ação. Ex: Uma velha gorda e suja.
A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como uma fotografia. 
DISSERTAÇÃO:

Desenvolvimento de ideias. Temporais/Atemporais.

Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de ideias, de juízos, de pensamentos, de raciocínio sobre um assunto ou tema.

Quase sempre os textos quer literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto é um complexo, uma composição, uma redação, onde se misturam aspectos descritivos, com momentos narrativos e dissertativos e, para classificá-los como narração, dissertação ou descrição, procure observar qual o componente predominante.


Tipologia textual - exercícios



A) Numere os parágrafos a seguir, identificando o tipo de redação apresentado:
(1) descrição       (2) narração        (3) dissertação

(2) O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou a um funcionário onde ficava a cidade mais próxima. Ele respondeu que havia um vilarejo a dez quilômetros dali.

(2) O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou:
   ¾ Onde fica a cidade mais próxima?
   ¾ Há um vilarejo a dez quilômetros daqui ¾ respondeu o funcionário.

(1) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta desse lago pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucederam pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de tranqüilidade  e aconchego.

(3) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os gravíssimos problemas econômicos, por todos há muito conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si só, não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que as elaboram não contarem com o apoio da opinião pública, em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes.

(2) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário  próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsa-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos.

(1) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá avistava todos os dias a movimentação incessante dos transeuntes, os freqüentes congestionamentos dos automóveis e a beleza das arrojadas construções que se sucediam do outro lado da avenida. Estes prédios moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do progresso.

(3) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies são apenas alguns dos aspectos a serem mencionados. Os que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das futuras gerações temem que a ambição desmedida do homem acabe por tornar esta terra inabitável.

(2)O candidato à vaga de administrados entrou no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre se sentia assim quando estava por ser testado. O dono da firma entrou, sentou-se com  ar de extrema seriedade e começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela sensação desagradável dissipou-se quando ele foi informado de que o lugar era seu.

(2) Estava parado no ponto de ônibus, quando vi, a meu lado, um rapaz que caminhava lentamente pela rua. Ele tropeçou em um pacote embrulhado em jornais. Observei que ele o pegou com todo o cuidado, abriu-o e viu, surpreso, que lá havia uma grande quantia em dinheiro.

(1) O objeto tem o formato semelhante ao de uma torre de igreja. É constituído por um único fio metálico que, dando duas voltas sobre si mesmo, assume a configuração de dois desenhos  (um dentro do outro), cada um deles apresentando uma forma específica. Essa forma é composta por duas figuras geométricas: um retângulo cujo lado maior apresenta aproximadamente três centímetros e um lado menor de cerca de um centímetro e meio; um dos seus lados menores é, ao mesmo tempo, a base de um triângulo eqüilátero, o que acaba por torna-lo um objeto ligeiramente pontiagudo.

(3) A televisão aliena o homem por requisita-lo inteiramente para si, uma vez que as informações que traz são bombardeadas em frações de segundos, não permitindo o menor desvio de sua atenção e nem uma reflexão mais aprofundada devido à rapidez e à quantidade de informações.



AUTOAVALIAÇÃO DA ATIVIDADE 





Ana Cristina: Este assunto me fez distinguir o que envolve a narração, dissertação e descrição em um texto. No 1° momento, foi muito difícil diferenciar cada um ao ler um texto ou uma frase, mas com a didática da Prof.ª Jaqueline e a colaboração das minhas colegas eu pude compreender o que significa cada um e como identificar em um texto. 


Daniele Cristina: Todo texto envolve a tipologia textual, mas sem saber, no início acabei tropeçando em algumas coisas, porém tendo uma sábia ao lado (Jacqueline Andrade) impossível não levantar e começar tudo outra vez. Logo, a tipologia textual acrescentou em minha vida o ato de conhecer o desenvolvimento dos textos, e sendo assim pude compreender a narração, a descrição e a dissertação.


Dannyelly Duarte: Com a tipologia textual, pude aprender as diferenças da narração, dissertação e descrição que são envolvidas em um texto. De início nada é fácil. Às vezes, eu trocava um tipo de tipologia com o outro, mas como comecei a mudar minha postura me tornando assim uma leitora “desperta”, pude entender o que acontece com cada situação que é relacionada com o mesmo.


Fernanda Santos: Narrar é contar uma história. Descrever retrata um ambiente, personagem ou objeto. Dissertar diz respeito às ideias. Portanto, com essas pequenas definições que são constatadas no texto que a professora Jacqueline Andrade nos ofereceu, pude perceber o quanto é importante ter a ideia destes valores. Então pude observar que as dificuldades são normais de surgir quando não conhecemos algo, mas se nos empenharmos de um jeito ou de outro a recompensa virá no final.


Mariana Silva: O texto “Tipologia textual” me possibilitou o importante ato de destacar quando um texto é descritivo, narrativo ou dissertativo. O meu objetivo em relação a customizar um blog com as minhas colegas de equipe foi sensacional, porque, além de aprender com a tecnologia, pude aprender com assuntos que vai favorecer sem sombras de duvidas no meu crescimento profissional. Em relação à postura da nossa orientadora Jacqueline Andrade, só tenho a agradecer, porque a cada conquista é um degrau que estou subindo na sabedoria da vida.


Viviane Carlos: Ao entrar nesse assunto, me identifiquei imediatamente com ele. Pude entender melhor o que é, e como identificar uma narração, descrição e dissertação. Indo além, eu e minha equipe podemos verificar cada situação no texto relacionando-as com os demais.

NÃO DESPERTEMOS O LEITOR

De: Mário Quintana


Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto.
Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar
impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios
da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns
verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser
a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da
sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado
a sério com idéias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o
leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge
mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.

(Quintana, Mário. Prosa & Verso. 6 ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 87)



Explorando o Texto:



1. Defina, com suas palavras, um leitor dorminhoco.

-Um leitor dorminhoco são os que leem desestimulados, leem somente por ler, não para entender e sim porque deve fazer. Não tem postura e nem modos de se entregar a leitura.

2. Como você se classificaria: um leitor dorminhoco, um leitor semidesperto ou um leitor atento?Justifique.

- Semidesperto: Pois quando estamos a ler algo, as vezes de primeira mão pode não nos dar interesse, e por isso na maioria das vezes largamos a leitura sem acreditar que aquilo tem um fundamento e deixando de lado a consciêcia de que aquilo pode ser importante.

3. Plutarco poderia se considerar um grego comum? Por quê?

- Não, Plutarco tinha bastante inteligência, segundo a tradição ele teria escrito 200 livros, e isso não é para qualquer um. Mesmo ele convivendo perto dos sete sábios gregos e não sendo um, ele era uma pessoa especial do jeito que ele era com suas próprias qualidades.

4. Por que os sete sábios da Grécia deviam ser a tábua de salvação das conversas?

- Eles eram considerados portadores de sabedoria, que atráves da filosofia, falavam e pensavam sem esforço.

5. Uma das técnicas da dissertação consiste na citação de um "argumento de autoridade", ou seja, o testemunho ou a citação de uma pessoa de competência reconhecida sobre determinado assunto. Como Mário Quintana ironiza essa técnica?

- Que conhecimento não faz mal a ninguém, e que o Brasil é historicamente feito por pessoas que são dispersas a leitura e que nada significa para ele.

6. Caetano Veloso, na letra Sampa, afirma o seguinte: "Á mente apavora o que ainda não é mesmo velho". Que trecho do texto apresenta opinião semelhante?

"Autor que os queira conservar não deve ministra-lhes o mínimo susto."

7. Qual a diferença de postura entre o leitor dorminhoco, o leitor semidesperto e o leitor atento em relação à frase: " O Brasil não fugirá ao seu destino histórico"?

- O leitor dorminhoco não presta atenção no que o a aborda, ler somente por abrigação ou necessidade.
- O semidesperto ler por ler, às vezes acha até que tem algo de errado, mas não tem a curiosidade de ir a fundo para saber o que é.
- O atento ler e procura relacionar o que está lendo, ele também quer saber tudo a fundo inclusive as palavras desconhecidas.


1- Atividade proposta

--> Informar a tipologia textual e fundamentar a sua resposta segundo Othon Moacir Garcia.
--> Quem foi Plutarco?
--> Quem são os seis sábios da Grécia?
--> Resumo sobre Mário Quintana com foto.
-->Escolher um dos textos do autor que mais gostamos e dizer o porquê da escolha.

Respondendo ao exercício

--> O Texto "Não depertemos o leitor", é um texto DISSERTATIVO, pois segundo consulta ao livro de Othon Moacir Garcia Comunicação e Prosa Moderna 26 ed.
O texto apresenta na introdução (linhas 1 a 3) ideia-núcleo ou idéia principal e partindo dessa idéia, surge o plano "autor que os queira conservar não deve minitrar-lhe o mínimo susto".
Já o desenvolvimento, (linhas 4 a 13) é constituído de duas partes, seguidas respectivamente de dois parágrafos sínteses, sem nada lhe faltar de arremate ou confirmação, com a inclusão de outras idéias secundárias: Na primeira parte, o autor discrimina a possibilidade das pessoas acrescentarem coisas sem fundamentos pelo fato de não ter curiosidade de investigar a fonte.
Na segunda parte, o autor trás a tona que as pessoasgostam de não ter esforços e que é mais fácil ter pensamentos comuns a todos, pois segundo ele as idéias originais não são levadas a sério. Ele trás também o fato de que figuras públicas costumam "levar vantagens" pelo fato de dizerem o que as pessoas querem e estão acostumadas a ouvir.
A conclusão reafirma a introdução. " êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada."

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Segundo pesquisa na internet (http://pt.wikipedia.org/wiki/Plutarco), Plutarco foi  filósofo e prosador grego do período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão). Ele foi um discípulo de Ammonius de Lamprae, um filósofo peripatético com profundo conhecimento de religião.
Viajou pela Ásia e pelo Egipto, viveu algum tempo em Roma e foi sacerdote de Apolo em Delfos em 95d.C. O seu enorme prestígio valeu-lhe deter direitos de cidadão em Delfos, Atenas e mesmo em Roma (Mestrius Plutarchus). A sua ética baseia-se na convicção de que para alcançar a felicidade e a paz, é preciso controlar os impulsos das paixões. Escreveu sobre Platão, sobre os estóicos e os epicuristas, e estudou a inteligência dos animais comparando-a à dos humanos. É dele um pequeno e denso ensaio, onde expõe a habilidade no uso da astúcia com ética, Como tirar proveito do inimigo.
Segundo a tradição, Plutarco escreveu mais de 200 livros. Chegaram até nós cerca de 50 biografias de gregos (entre elas a "Vida de Licurgo") e romanos ilustres em que ambas são comparadas, conhecidas como as Vidas Paralelas e dezenas de outros escritos sobre os mais variados tópicos, designadas genericamente por Obras Morais ("Moralia"), sobre Filosofia, Religião, Moral, Crítica literária e Pedagogia.


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--> Disponível em: http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0210


A lista de sábios variou um pouco com o passar do tempo. Uma das mais difundidas remonta ao tempo de Platão: Tales, Periandro, Pítaco, Bias, Cleóbulo, Sólon e Quílon.

 
Tales de Mileto - Considerado pela tradição o mais antigo dos filósofos pré-socráticos, viveu aproximadamente de -625 a -545. Também era astrônomo e matemático, e atribui-se a ele a criação da federação de cidades iônicas para a defesa contra o império persa.
Periandro de Corinto - Um dos mais antigos tiranos da cidade, viveu entre -627 e -584, aproximadamente. Tinha fama de sanguinário, mas a cidade prosperou durante o seu governo.
Pítaco de Mitilene - Famoso por sua feiúra física, viveu por volta de -600. Tornou-se governante de Mitilene após depor o tirano local, e afastou-se voluntariamente do poder depois de dez anos. O poeta Alceu, inicialmente um aliado, tornou-se mais tarde seu inimigo político.
Bias de Priene - Viveu no século -VI, era dotado de grande eloquência e se distinguiu nas defesas pronunciadas diante dos juízes de sua cidade; também escreveu poemas.
Cleóbulo de Lindos - Viveu por volta de -600; dele sabemos apenas que era poeta e que também compunha enigmas em versos.
Sólon de Atenas - Estadista, legislador e poeta lírico ateniense. Foi arconte em -594/-593 e compôs, principalmente, elegias morais e filosóficas. Seu famoso encontro com o rei da Lídia, Creso (Hdt. 1.29-32), não tem fundamento histórico.
Quílon de Esparta - Viveu por volta de -560 e, além de poeta, foi um dos mais poderosos éforos da cidade. Consta que utilizava até a mitologia para justificar a posição de Esparta na liderança política do Peloponeso.

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--> Sobre Mário Quintana
Mario Quintana foi um importante escritor, jornalista e poeta gaúcho. Nasceu na cidade de Alegrete (Rio Grande do Sul) no dia 30 de julho de 1906. Trabalhou também como tradutor de importantes obras literárias. Com um tom irônico, escreveu sobre as coisas simples da vida, porém buscando sempre a perfeição técnica. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu Viveu na cidade natal até os 13 anos de idade. Em 1919, mudou-se para a cidade de Porto Alegre, onde foi estudar no Colégio Militar. Foi nesta instituição de ensino que começou a escrever seus primeiros textos literários.Já na fase adulta, Mario Quintana foi trabalhar na Editora Globo. Começou a atuar na tradução de obras literárias. Durante sua vida traduziu mais de cem obras da literatura mundial. Entre as mais importantes, traduziu “Em busca do tempo perdido” de Marcel Proust e “Mrs. Dalloway” de Virgínia Woolf.

Com 34 anos de idade lançou-se no mundo da poesia. Em 1940, publicou seu primeiro livro com temática infantil: “A rua dos cataventos”. Volta a publicar um novo livro somente em 1946 com a obra “Canções”. Dois anos mais tarde lança “Sapato Florido”. Porém, somente em 1966 sua obra ganha reconhecimento nacional. Neste ano, Mario Quintana ganha o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira dos Escritores, pela obra “Antologia Poética”. Neste mesmo ano foi homenageado pela Academia Brasileira de Letras.

Ainda em vida recebeu outra homenagem em Porto Alegre. No centro velho da capital gaúcha é montado, no prédio do antigo Hotel Majestic, um centro cultural com o nome de Casa de Cultura Mario Quintana.

Faleceu na capital gaúcha no dia 5 de maio de 1994, deixando um herança de grande valor em obras literárias.

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--> UM DIA DESCOBRIMOS

De: Mário Quintana

...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.


Comentário do texto escolhido:

Esse texto foi escolhido por unanimidade da equipe, pois além de ser um bellísimo poema, ele fala da importância de sempre estarmos descobrindo.
As descobertas são sempre muito importante para o aprendizado do ser humano, e Mário Quintana conseguiu passar essa mensagem belissimamente com esse poema.

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De: Mário Quintana

Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto.
Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar
impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios
da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns
verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser
a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da
sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a
sério com idéias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o
leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge
mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.

 Legenda

INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO


AUTOAVALIAÇÃO DA ATIVIDADE


Ana Cristina: Não despertemos o leitor é um texto interessante e intrigante, que mostra de como a leitura e a postura é importante para o ser humano. Este texto me trouxe elementos muitos importantes, como o que significa o leitor dorminhoco, um leitor semidesperto e um leitor atento. Além de trazer informações formidáveis, foi realizada pesquisa sobre os setes sábios da Grécia, incluindo Plutarco que acrescentou muito no meu potencial por não conhecer quem era o mesmo. E não pode ficar de fora o autor desse texto Mário Quintana, um grande poeta que publicou diversas obras e é um dos mais importantes autores da literatura Brasileira. Não tive dificuldade pois ao ler um texto, um livro ou qualquer ou instrumento de leitura, procuro ter postura e entender lendo quantas vezes for necessário o determinado objeto.


Daniele Abreu: Com as atividades proposta através do texto “Não despertemos o leitor”, eu pude perceber o quanto é profundo entender um texto. Não basta necessariamente ler, mas compreender qual a mensagem que o texto quer deixar. E a mensagem deixada no texto contribuiu muito para meu crescimento próprio, pois pude perceber as diferenças do leitor dorminhoco, atento e semidesperto. Logo, com as atividades sugeridas principalmente das tipologias textuais eu fui me interagindo e relembrando os assuntos que tinha dado há alguns anos, houve dificuldade sim, mas com dedicação eu cheguei lá, quer dizer eu e minha equipe chegou lá, e sem deixar de fora a escolha do texto de Mário Quintana, em meio de tantos textos eu e minha equipe escolhemos o que mais nos chamou atenção, apesar de Mário ser um enorme pensador e todos seus textos chamar a atenção, nos cativou com o mesmo.


Dannyelly Duarte: As atividades que me envolveram a partir da temática de não despertar o leitor, que é uma contradição ao caos que é dado com a realidade da leitura, eu pude perceber o valor que é dado ao comportamento do indivíduo em relação ao mesmo. Com relação à Professora Jacqueline Andrade, só tenho que agradecer pela sensacional postura de ensinar-nos a crer que a língua portuguesa é mais do que uma disciplina, é uma porta que nos devemos entrar sem erros e sem medos. Tive dificuldades no início sim, mas com as atividades proposta que é levada a compreender o texto pude entender  que traz uma subliminar mensagem para “despertar” os cidadãos os seus demasiados aspectos em relação ao ato de ler.


Fernanda Santos: Essa atividade foi desafiadora, pois não conhecia a fundo as tipologias textuais. É complicado quando nos deparamos com algo novo e que julgamos difícil, mas nada que não se resolva com a ajuda da nossa mestra "Jacqueline", ela sempre tem dicas para nos facilitar a vida. Os exemplos que ela nos cita, é facilitador demais para o entendimento.
Foi complicado, também, ter que concordar que somos um leitor semi desperto e muitas das vezes até dorminhocos, pois não nos preocupamos em ir a fundo ao que lemos, nós acomodamos a "acreditar" em tudo, sem termos a curiosidades de investigar se é ou não verdade.
Agora cá entre nós, o que foi mesmo quase impossível foi ter que escolher apenas um de tantos belíssimos textos de Mário Quintana.
Então, é isso aí, que possamos ser sempre um leitor ATENTO, duvidando de tudo que parece mastigado demais para nós...

Mariana Souza: O texto “Não despertemos o leitor” possibilitou a observação de como a nossa postura em relação à leitura pode marcar a vida das pessoas de tal forma que ler no momento em que sua mente, seu corpo e seus sentindo estão tendo uma visão errada isso pode ter uma consequência que pode não ter cura, tendo como característica o leitor dorminhoco, semidesperto ou desperto acerca de como a realidade pode ser benéfica ou maléfica. A maioria das pessoas, inclusive eu, durante a primeira leitura de um texto pode parecer chato, mas após um estudo iremos perceber que nossos pensamentos podem mudar, através da reflexão das frases, o estudo das tipologia e atentamento em destacar o que nós mesmos somos: leitores despertos, semidespertos e dorminhocos. Portanto, pude perceber que tudo nesta vida tem bastante sentido, e com estas atividades pude ir além deste apenas “perceber”.

Viviane Carlos: No texto “Não despertamos o leitor”, percebi as controversas das palavras, ao tentar mostrar a importância de uma boa interpretação textual. Ao dizer que não devemos despertar o leitor, o maravilhoso Mário Quintana, quer mostrar que somos meio preguiçosos quando estamos postos a leitura, e com a razão no qual ele me destina procurei me impor com essas dicas que foi imposta no texto que fez contribuir na melhoria da minha postura ao ler livros, textos, entre outros. Quando me deparei com o titulo do texto, não me veio na mente o quanto foi inteligente da parte de Mário citar a nossa posição no ato de ler. Agradeço a minha querida Pró Jacqueline Andrade por me beneficiar nesse aspecto e as minhas colegas de equipe por me alertar algo que não teria compreendido.