segunda-feira, 26 de setembro de 2011

OS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Disponível em: http://www.brasilescola.com/gramatica/sinais-pontuacao.htm

O que é cada sinal de pontuação?


Ponto-Final (.)

O ponto final é um sinal de pontuação usado para indicar o final de um período, marcando uma pausa absoluta.

Empregamos o ponto-final quando pretendemos encerrar uma frase declarativa:

1. Não quero saber de conversa.
2. Estou esperando você e nem ao menos sei porquê.

Também para finalizar frases imperativas:

1. Pegue esse papel para mim.
2. Vamos acordar mais cedo.

E nas abreviaturas:

1. Sr. (Senhor), num. (numeral), obs. (observação), Av. (Avenida), pág. (página), Lab. (laboratório), Med. (Medicina), Mat. (Matemática), Port. (Português), etc.

Ponto de exclamação (!)

Ponto de exclamação é principalmente sinal de fim de frase. Confere à frase um sentido de surpresa, admiração, ou exclamação. Manifesta o envolvimento de sentimentos. 
Se apontarmos o significado de exclamar, saberemos quando utilizar o ponto de exclamação. Veja: exclamar é o ato de pronunciar em voz alta; bradar, clamar; gritar.

Então, de acordo com a significação acima, é fácil identificar o uso do ponto de exclamação: está nas frases que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, susto. E, portanto, está:

Nas frases exclamativas:

1. Isso é muito interessante!
2. Não podemos continuar assim!

Após imperativos:

1. Deixe-me!
2. Vá embora!

Depois das interjeições:

1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza!

Após locuções interjetivas:

1. Minha nossa! Que bom! Que pena! Sei demais!

Ponto de interrogação (?)

O ponto de interrogação é um sinal de pontuação representado pelo sinal gráfico "?". Ele tem a função de induzir o leitor a entoar a frase em que ele é colocado como uma pergunta ou uma dúvida.
Ele é usado por todas as formas de escritas de origem romana. Sem pontos de interrogação, uma frase não pode ser entendida como pergunta, transformado-se em afirmação e prejudicando a comunicação.
Denotada um sinal de dúvida, de procura por uma resposta.
Assim como o ponto de exclamação, o de interrogação também se caracteriza pelo nome. Afinal, o que é interrogar? É o ato de perguntar, questionar.

Logo, sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação. Observe:

1. Você não quer jantar?
2. Por que o país não enxerga os miseráveis?
3. Não vou não, por quê?

Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação para indicar um questionamento unido à admiração ou surpresa:

1. Eu?! Tem certeza?
2. - Quem vai ao supermercado para a mamãe?
- Eu vou!
- Você, Maria?! Muito bom!


Travessão (-) 

O travessão (ou risca) é um sinal de pontuação que serve para indicar mudança de interlocutor e para isolar palavras, frasesou expressões parentéticas, semelhante ao parêntese.
 
Usamos o travessão nos seguintes casos:

1. Iniciar a fala de uma personagem:

Exemplo: A menina enfim disse:

- Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

- Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
- Farei o mesmo.

3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
b) Luiz Inácio –  presidente da República – não pode se candidatar para uma nova eleição!


Os dois pontos (:)

Os dois pontos ou dois-pontos (:) são um sinal de pontuação. Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descedente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam: ou uma citação, ou uma enumeração, ou um esclarecimento, ou uma síntese do que se acabou de dizer.

Os dois-pontos são usados:

Em enumerações

Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva?

Antes de uma citação

Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.”

Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzshie disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”.

Quando se quer esclarecer algo

Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília.
Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.

No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas)

Exemplo: Querida amiga: (ou ,)
Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...)

Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante, etc.

Exemplos:
a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula.
b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo?



Parantêse ( ( ) )

Um parêntese ou parêntesis (do grego παρένθεσις, "inserção") é uma palavra, expressão ou frase que se interpõe num texto para adicionar informação, normalmente explicativa, mas não essencial. A característica fundamental dos parênteses é não afetar a estrutura sintática do período em que é inserido.
Por extensão de sentido, são chamados parênteses os sinais tipográficos — "(" [abre] e ")" [fecha] — que delimitam esses elementos aditivos no discurso.
Usam-se ( ) para isolar palavras, locuções ou frases intercaladas no período, com caráter explicativo, as quais são proferidas em tom mais baixo:

Usamos os parênteses para:

1. Fazer um comentário ou explicação a respeito do que se escreve:

a) O João (aquele que fez aniversário nesta semana) perguntou sobre você hoje!
b) Eu, você e ele contaremos as boas novas. (pronomes)

2. Indicar informações bibliográficas, como: o autor, o nome da obra, o ano de publicação, a cidade, a página, etc.:

a) O texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à situação, levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatário, regras socioculturais, outros elementos da situação, uso dos recursos lingüísticos, etc. Caso contrário, será coerente. (Ingedore G. Vilhaça Koch e Luiz Carlos Travaglia. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1993. p. 50.)

Os parênteses podem surgir, ainda, nas peças teatrais, quando o autor quer explicitar a ação tomada pela personagem.

João – Onde você estava?
Maria – Na padaria. Fui comprar um sonho para você.
João – Hum...que delícia...mas meu maior sonho eu já tenho: você!

(Saem abraçados pela direita)


Ponto e vírgula (;)

O ponto-e-vírgula – representado pelo símbolo ; – é um caractere utilizado pela gramática para separar orações.
O ponto e vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula, no entanto menor que a do ponto. É empregado para:

Separar itens em uma enumeração (comuns em leis):

Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais:
a) as locações:
1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;
2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;
3. de espaços destinados à publicidade;

Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já possuam vírgula:

“Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga)

Pode vir ainda substituindo a vírgula, a fim de se ter uma pausa um pouco mais longa. Isso acontece antes das conjunções adversativas (contudo, mas, porém, entretanto, todavia):

1. Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter boas amizades.
2. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda.


Reticências (...)

As reticências são, na escrita, a sequência de três pontos (sinal gráfico: ) no fim, no início ou no meio de uma frase. A utilização deste género de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não é.


As reticências são usadas nos seguintes casos:

1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine:

a) Ele disse que não queria, mas...
b) Nada disso teria acontecido se... você sabe.

2. Para indicar hesitações comuns na oralidade:

a) Daí ele pegou...ele pegou...como se diz mesmo...uma boina.
b) Não sei se você vai, mas...mas...não sei...penso que será muito bom!

3. Em trechos suprimidos de um texto:

a) (...) não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa. (...) (Ingedore Villaça – A coerência textual)

b) (...) Dada a gravidade dos acontecimentos, em um último gesto, Collor reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos, principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”. (…) (Rainer Sousa – “O fim do governo Collor”)

4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê:
a) (...) 'Estamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas... (...)

A vírgula (,)

A vírgula é um sinal de pontuação. Tem como função indicar uma pausa e separar membros constituintes de uma frase.
Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:

1. Não se usa vírgula:
Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:

a) entre sujeito e predicado.

Todos os alunos da sala    foram advertidos.
             Sujeito                            predicado

b) entre o verbo e seus objetos.

O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.
                   V.T.D.I.              O.D.                             O.I.

Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.




2. Usa-se a vírgula:
Para marcar intercalação:

a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.

b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.

c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

Para marcar inversão:

a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.

c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.

Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:

Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

Usa-se a vírgula para isolar:

- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.


Aspas (" ")


As aspas são sinais de pontuação usados para realçar certa parte de um texto.
As aspas usam-se aos pares: geralmente como dois sinais gráficos no início da parte de texto destacado, e dois sinais gráficos no fim da parte do texto destacado. Quando é necessário destacar uma parte dentro de uma parte já destacada usa-se um sinal gráfico no início, e um sinal gráfico no fim.
O aspecto gráfico das aspas pode variar conforme a área geográfica, e está relacionado com hábitos ortográficos e influências culturais. Assim, a mesma língua pode ter representações diferentes conforme cada país (português no Brasil / português em Portugal; inglês no Reino Unido / inglês nos Estado Unidos; alemão na Alemanha / alemão na Suíça; etc.).

As aspas são usadas para:
  • citações
  • destacar palavras pouco usadas (palavras estrangeiras, palavras com valor afectivo, palavras com sentido irónico etc.)
a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.
Por favor, antes de sair, faça um “backup”!
Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!

b) Antes ou depois de citações. (*)

Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

"É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.

* textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online.

c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas.

Exemplos: Eles se comportaram “super” bem.
Sim, porque são uns “anjinhos”.



AUTOAVALIAÇÃO DA ATIVIDADE




Cada sinal é muito importante na elaboração de um texto, na escrita, na leitura e etc. Cada sinal pode dar diversos sentidos, então essa atividade para nós desta equipe foi muito legal, pois nos proporcionou interesse e atenção ao perceber as diferenças de cada sinal, sabendo assim utilizar a forma adequada do mesmo.
Muitas pessoas não dão o devido valor aos sinais de pontuação. Porém, sua combinação é o que faz a diferença ao ler um texto. Muitos indivíduos acham que ao esquecer um sinal não há problema, pois a pessoa irá entender do mesmo jeito. Mas, nada se dá quando um texto é lido sem a entonação de clareza. Aprendemos muito com essa atividade e finalizamos com um único comentário. Ressaltando, assim, a construção do blog que mesmo criado pela primeira vez como objeto de estudo tornou-se um sucesso. Com as atividades propostas em sala de aula, elevou-se, então o nosso conhecimento próprio, e com isso queremos compartilhar o mesmo com todos os leitores deste blog.

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